CHORAR
adoro para sempre a interpretação
da personagem.
volto a dizer
que aprecio as telelágrimas
como trabalho competente do corpo
que transforma.
e enforma
os títulos existentes no prazer da propagação
de uma meia-noite
de existência avulsa, de obsessão indomesticável
como protagonista ela-mesma
da suavidade nostálgica e ilógica
da faculdade de prosseguir.
volto a dizer: adoro para sempre a interpretação
da personagem.
mas devolvo as telelágrimas.
odeio chorar.
Sylvia Beirute
inédito
.
paradoxalmente belo...
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