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segunda-feira, 14 de março de 2011

GERAÇÃO À RASCA - POEMA - SYLVIA BEIRUTE

























GERAÇÃO À RASCA

o outono desce na cidade. cansa-nos a casa 
que desce sobre os murmúrios.
todo o som é uma água tranquila no sossego 
último da paz  em sangue quente. 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
e um jovem desce no outono neutro,
entre condensação e longinquidade dos pulsos 
enquanto a metáfora desce 
na imagem que sobe invernal e soberba.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
pessoas na rua espalham todas as palavras 
pelo chão de linguagem que transita
na superfície que muda como pele.
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e como é subtantiva esta geração, esta
gente na chávena quente e pontual
sem ângulos ou centro;
como fazem lúcida esta inutilidade
activa, alguém diz.

Sylvia Beirute
inédito
.

4 comentários:

  1. "...todo o som é uma água tranquila no sossego
    último da paz em sangue quente..."
    Gostei muito deste poema e retirei a mensagem que mais me aflorou e não me apetece dizer mais nada.

    ResponderEliminar
  2. Geração Bolha Explosiva !

    Curti o poema, Syl.

    bjo !

    ResponderEliminar
  3. ai Sylvia...


    sabes que ando te pesquisando, não;;;


    olha só isso, querida:
    http://www.facebook.com/profile.php?id=100000239577959

    ResponderEliminar