Revista "entre o vivo, o não-vivo e o morto"
Concepção de Paulo Serra, edição do CEPiA - Centro de Estudos Performativos i Artísticos. é, no entender do seu criador, uma revista de pensamento e, no seu conteúdo e formato, embora temporariamente extinta - ou seja, descobre-se no plano que faz justiça ao seu nome - continua a ser uma revista única no campo editorial português. não se dirá mais sobre ela - há que tê-la na mão - senão os nomes dos que participaram:
designers - Sara Inglês, Isabel Bilro e Pedro do Ó
ilustradores - Isotta Dardilli e Kaja Avberšek
artistas plásticos - Tamara Alves e Marija Toskovic
escritores - Pedro Ferreira, Jaime Carvalho, Lília Parreira, António Carvalho, Rui Alberto, Pedro Oliveira, Célia Rocha, A. Pedro Ribeiro, Nuno Ramalho, Marta Bernardes, José Manuel Martins, Vítor Moreira, Rui Cancela, Fernando Machado Silva, Sílvia Ramalho, Hugo Milhanas Machado, Pedro S. Martins, Rui Sousa, Adolfo Luxúria Canibal, Rui Manuel Amaral, J. M. de Barros Dias, Paulo José Miranda, Henrique Manuel Bento Fialho, Sílvia das Fadas, valter hugo mãe
entrevistadores - Alexandre Nunes de Oliveira e Gonçalo Frota
entrevistados - Alexander Sokurov, J-P- Simões e Beatriz Batarda
termina assim o editorial da n.º 3:
Agora que cumprimos um ano de existência volto à noção de «abertura» assumida desde o princípio. O conceito de abertura, aqui adoptado, não tem relação directa com dimensão/medida. A entre o vivo, o não-vivo e o morto não pretende abranger tudo - isso não é abertura -, até porque, o próprio conceito de abertura contém nele o fechamento, a exclusão (tal como o conceito de justiça inere o da injustiça); e só assim pode funcionar como projecto de abertura. Talvez os mal-entendidos surjam por pensar em «abertura» como conceito puro, mas se restam dúvidas: não o é. Nem puro nem inocente. O conceito de abertura mantém-se. Mantém-se no editorial. Mantém-se na entre o vivo, o não-vivo e o morto.
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