POEMA DE CHUVA E MÃE
e muito elementar o material da memória
no rosto da mãe: nos lábios internos, nas
asas dos pássaros que fazem vermelho,
na boa vontade de algo análogo
a um perpétuo silêncio num livro fechado.
e muito manual o escrúpulo
com que descansa serena e longitudinal
sobre os meus braços de chuva que aquecem;
muito sistémica a minha beleza atin-
gindo a sua promessa, o meu nome que nasce
gindo a sua promessa, o meu nome que nasce
da confusão de uma outra palavra.
e muito elementar o amor da mãe. apenas
amor. apenas tempo. apenas mãe.
Sylvia Beirute
inédito
.
Gostei do texto.
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