QUANDO JÁ NÃO SE TEM FORÇAS
quando já não se tem forças para escrever,
há que recordar.
quando já não se tem forças para fotografar,
há que ver com os olhos da alma.
quando já não se tem forças para ler,
tem que se estar pleno de narrações.
quando já não se tem forças para falar,
há que ressonar.
quando já não se tem forças para andar,
há que voar.
e quando chegar a hora,
alguém tem de se ver livre das recordações,
dos olhos da alma, deixar de sonhar,
calar-se e dobrar as asas.
mas aconteça o que acontecer,
segue a narração, segue.
Eeva Kilpi
tradução de Pedro Calouste
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