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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TEXTO PARA TEATRO - POEMA - SYLVIA BEIRUTE





































TEXTO PARA TEATRO
  
primeiro acto,
implicações diferentes:
o acusar o teu progenitor de 
adultério no momento da tua confecção
e a peça do teu rosbife;
a palabra «imundo» que tem 
a palavra «mundo»
e um pleonasmo de talento 
num feto morto.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
segundo acto,
vultos iguais:
a sensação de exame e este amor que é 
uma estrada secundária;
o não ouvir o que escuto 
e invejar a liberdade do teu ar.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
no terceiro acto
a palavra magnifica do mesmo modo
e o poema se perde
como se nunca tivesse existido.

Sylvia Beirute
inédito
.

1 comentário:

  1. A peça moldada com as falhas do cotidiano, mas com a perfeição dos versos. Gostei!

    Beijo.

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