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sábado, 23 de outubro de 2010

POESIA CHINESA: LIU ZONGYUAN

















Aprecio muito a poesia asiática, especialmente a nipónica e a chinesa. Há continuamente uma busca pela essência das coisas simples, pelo retrato de uma paisagem, por vezes quente, muitas vezes fria. Por outro lado, há uma especial musicalidade associada a estes poemas. E creio que ter em mente este último factor, visualizando uma realidade muito diferente da nossa, é essencial para esse compreender a beleza de tais versos.  

O poeta chinês Liu Zongyuan viveu entre os anos de 773 e 819 e dedicou grande parte da sua vida à política. Um poema:

A NEVE DO RIO

Um milhar de colinas, mas nenhum pássaro voa,
Dez mil caminhos, mas o rasto de ninguém.
Um barco solitário, um velho de chapéu de palha,
Pescando sozinho na neve fria do rio.

Liu Zongyuan 
tradução de Pedro Calouste 
a partir da tradução literal inglesa.

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1 comentário:

  1. Lindo demais, Sylvia!
    Quanta sensibilidade...
    Grata, por dividir isso comigo.
    Grande abraço

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