Aprecio muito a poesia asiática, especialmente a nipónica e a chinesa. Há continuamente uma busca pela essência das coisas simples, pelo retrato de uma paisagem, por vezes quente, muitas vezes fria. Por outro lado, há uma especial musicalidade associada a estes poemas. E creio que ter em mente este último factor, visualizando uma realidade muito diferente da nossa, é essencial para esse compreender a beleza de tais versos.
O poeta chinês Liu Zongyuan viveu entre os anos de 773 e 819 e dedicou grande parte da sua vida à política. Um poema:
A NEVE DO RIO
Um milhar de colinas, mas nenhum pássaro voa,
Dez mil caminhos, mas o rasto de ninguém.
Um barco solitário, um velho de chapéu de palha,
Pescando sozinho na neve fria do rio.
Liu Zongyuan
tradução de Pedro Calouste a partir da tradução literal inglesa.
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Lindo demais, Sylvia!
ResponderEliminarQuanta sensibilidade...
Grata, por dividir isso comigo.
Grande abraço