Tenho alguns poetas de culto que me acompanham há muitos anos. Talvez fale de alguns aprofundadamente na minha Série Poetas, para a qual é preciso algum tempo para amadurecimento da reflexão. Mairéad Byrne é uma poetisa irlandesa, naturalizada americana, de que gosto particularmente. Tal como os concretistas brasileiros, consegue ir à génese das coisas, procurando a beleza da simplicidade. Mairéad Byrne escreve no blogue Heaven.
NAMES FOR THINGS
There's nothing like olives.
There's nothing like parsnips either.
There's nothing like carrots.
There's nothing like potatoes.
There's nothing like lemons.
There's nothing like salt.
Nope there's nothing like salt.
There's nothing like pepper.
There's nothing like celery.
There's nothing like nothing goddammit.
That's why we call them all different things.
NOMES PARA COISAS
não há nada como azeitonas.
não há nada como cherívias tampouco.
não há nada como cenouras.
não há nada como batatas.
não há nada como limões.
não há nada como sal.
não, não há nada como sal.
não há nada como pimenta.
não há nada como aipo.
não há nada como nada, bolas.
é por isso que chamamos a tudo
coisas diferentes.
coisas diferentes.
Mairéad Byrne
(Irlanda, 1957)
Tradução de Sylvia Beirute
.
Por minha grande falta de jeito, mas com o desejo de também partilhar o espírito desta quadra, partilho de Vitorino Nemésio, um outro Natal,
ResponderEliminar«Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.»
Com um sincero desejo de uma quadra plena,
Um imenso abraço, Sylvia
Leonardo B.
AMEI!!!
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